O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira a entreter a razão,
Esse comboio de corda
que se chama o coração.
Ocupa a posição 85ª dos Os 100 Melhores Poemas Internacionais do Século XX
Não acho que o poeta seja um fingidor..talvez dissmulador, porque a poesia precisa de alma e a alma do oema é o sentiento,por futil ou grandioso que seja tem que haver o sentir. Mas neese poema o mestre Fernando Pessoa realmente demonstrou genalidade, uma invençao poética de outro mundo…
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Gostei do seu comentário. As vezes eu concordo com Fernando Pessoa, outras vezes não… Bom, mas a única certeza é de que o sentimento tem que existir na alma, como vc disse, e então a partir dai voce escreve como quiser, e assim se desenvolve a poesia…
Obrigada pela visita e comentários, foi enriquecedor.
Abraços.
Marli
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